quarta-feira, 25 de abril de 2012

FCC - TRF 2a Região - 2012

Questão do concurso realizado pela banca Fundação Carlos Chagas para o Tribunal Regional Federal da 2a região, aplicado no dia 24/03/12.


A radiografia lateral oblíqua de um paciente com 35 anos de idade, sexo masculino, mostra múltiplas pequenas calcificações com aspecto de "alvo-de-tiro", radiopacas na periferia e radiolúcidas no centro, localizadas abaixo da mandíbula. Este quadro é compatível com o diagnóstico de

a) linfonodos calcificados.
b) tatuagens por amálgama.
c) cálculos salivares.
d) flebólitos.
e) tonsilas calcificadas.

Comentários:

Linfonodos Calcificados
Radiograficamente, aparecem como massas radiopacas ovoides únicas ou múltiplas, distribuídas ao longo das cadeias ganglionares submandibular, cervical e digástrica. Podem ser inadvertidamente confundidas com sialolitos. Frequentemente, um sialolito tem um contorno plano, enquanto as calcificações de nódulos linfáticos são irregulares. A imagem pode sobrepor-se ao ramo da mandíbula e raramente ocorre posterior ao ramo. Possui aspecto interno indefinido, podendo variar em graus de radiopacidades com a periferia bem definida, o que, ocasionalmente, lhe confere um aspecto lobular semelhante à couve-flor. Aparecem em radiografias panorâmicas e telerradiografias.

Tatuagens por amálgama
Tatuagem por amálgama é uma lesão iatrogênica, que ocorre após a implantação traumática de partículas de amálgama nos tecidos moles. Pode apresentar coloração preta, cinza ou azulada e bordas definidas, irregulares ou difusas. É comum na região de gengiva, mucosa alveolar e mucosa jugal. Possui tamanho variável, sendo geralmente assintomática.

Radiograficamente, só será observada se as partículas forem de tamanho suficiente para gerar imagem radiográfica. Microscopicamente, revelam-se fragmentos no interior do tecido conjuntivo, que marcam preferencialmente as fibras reticulares, especialmente as que cercam nervos e vasos.




Cálculos salivares


Os cálculos salivares ou sialolitos aparecem como placas radiopacas ovoides ou alongadas ao exame radiográfico. Dependendo da quantidade de material inorgânico depositado sobre o cálculo, este se apresenta com diferentes graus de densidades, podendo, em alguns casos, não ser observado.



Cálculos das glândulas submaxilares, na porção terminal do ducto, são mais bem visualizados na radiografia oclusal. Ocasionalmente, podem ser vistos no exame periapical superpostos aos ápices dos pré-molares e molares mandibulares. As radiografias panorâmicas podem revelar sialolitos próximos ao ângulo da mandíbula, correspondentes ao ducto de Warthon e na região de molar superior correspondente ao segmento proximal do ducto de Stensen. Os cálculos da glândula submandibular aparecem superpostos à base da mandíbula na incidência panorâmica. Os sialolitos na glândula parótida são mais difíceis de serem detectados que os submaxilares. Somente sialolitos localizados na parte anterior do ducto, em frente ao músculo masseter podem ser visualizados em radiografias intraorais quando um filme é colocado contra o interior da bochecha e posicionado no fundo do vestíbulo. 






Flebólitos
Os flebólitos podem ser visualizados em radiografias panorâmicas e PA - póstero-anteriores, apresentando-se como múltiplos corpos laminados circulares ou ovais com aspecto característico de “alvo”, radiopacos na periferia e radiolúcidos no centro. Stafne e Gibilisco descrevem o aspecto interno como homogeneamente radiopaco, porém o mais comum é ter aparência de laminações concêntricas como cebola. Pode haver uma radiolucência central representando a porção remanescente do vaso. A camada externa é sempre calcificada e radiopaca. É importante ressaltar que achados radiográficos de flebólitos em tecidos moles da região de cabeça e pescoço constituem evidência da presença de lesões vasculares.

Tonsilas calcificadas
Ao exame radiográfico, podem ser observadas como radiopacidades únicas ou múltiplas, de tamanhos variados e de formatos esférico, ovoide ou irregular e podem ser de difícil diagnóstico por assemelharem-se a dentes ectópicos, calcificações orofaringeanas e estruturas anatômicas. Na radiografia panorâmica, as tonsilas calcificadas apresentam-se como estruturas radiopacas sobrepostas na porção medial no ramo ascendente da mandíbula.

alternativa D

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