domingo, 20 de maio de 2012

FCC - TRF 2a Região - 2012

Questão do concurso realizado pela banca Fundação Carlos Chagas para o Tribunal Regional Federal da 2a região, aplicado no dia 24/03/12.

Paciente com 9 anos de idade, sexo feminino, apresenta lesão óssea na região posterior da maxila próxima ao dente 16, que mostra um pequeno deslocamento. A mãe da paciente relata ter notado um crescimento assintomático nesta região, iniciado há cerca de 2 anos. O crescimento tem aspecto fusiforme e, à palpação, mostra-se firme, sem alteração da superfície da mucosa.

Este quadro clínico é compatível com o diagnóstico de:

a) osteíte deformante.
b) osteomielite.
c) displasia fibrosa monostótica.
d) fibrose cística.
e) talassemia.

Comentário:

Osteíte Deformante: Atualmente conhecida como Doença de Paget, é uma condição patológica não inflamatória caracterizada pelo aumento da remodelação óssea de forma irregular e desorganizada. Essa enfermidade crônica caracteriza-se pela hipertrofia dos ossos, deformidades e dores locais.

Frequentemente são afetados ossos longos, coluna vertebral e crânio. Quando acometidos, os maxilares apresentam aspecto de aumento de volume em todas as direções, sendo o crescimento delimitado, simétrico e indolor à palpação.

Trata-se de uma enfermidade propriamente senil, sendo diagnosticada entre 1 a 3% dos indivíduos acima dos 50 anos de idade. Há predileção pelo gênero masculino, numa proporção de 3:2.

O envolvimento dos maxilares caracteriza-se por interferências na adaptação de próteses, deslocamento de dentes com padrão de oclusão anormal, perdas dentárias, reabsorção de raízes, hipercementoses, sangramento excessivo durante extrações e osteomielites. Adicionalmente, pode ocorrer deformidade facial, sintomas de obstrução nasal e sinusal bem como desvio de septo nasal.

Por suas características clínicas, radiográficas e laboratoriais, as lesões que se apresentam semelhantes e possuem diagnóstico diferencial com a doença de Paget podem ser, dentre outras, o granuloma de células gigantes, osteossarcoma, displasia fibrosa óssea e hiperparatireoidismo.

Osteomielite: Pode ser definida como uma doença óssea inflamatória, iniciando-se como uma infecção bacteriana dos espaços medulares, que posteriormente compromete o sistema circulatório e eventualmente abrange também a cortical e o periósteo.

A infecção dentária talvez seja a causa mais freqüente de osteomielite dos maxilares. O paciente com osteomielite aguda queixa-se de uma sensação de dor constante e profunda, observando-se sobre a região afetada um edema de tamanho moderado. Os dentes podem apresentar mobilidade e sensibilidade à percussão e, freqüentemente os linfonodos regionais podem ser palpados. A drenagem espontânea da secreção purulenta ocorre pela cervical dos dentes ou através de lojas nos alvéolos. 

Se houver envolvimento do periósteo, as lojas contendo a infecção poderão se exteriorizar. Radiograficamente observa-se a perda de definição do osso medular envolvido na lesão além de sua substituição por áreas radiolúcidas. Posteriormente são observados sequestros radiopacos entre estas áreas radiolúcidas.

Displasia Fibrosa Monostótica: Apresenta as seguintes características: aumento de volume de crescimento lento com abaulamento da região envolvida e assimetria facial (quando de grandes proporções). A mucosa que recobre a lesão mostra-se de aspecto normal. É indolor na grande maioria dos casos e, às vezes, provoca inclinação e deslocamento dental, mas estes não chegam a apresentar mobilidade e permanecem com sua vitalidade pulpar. Dor e parestesia são queixas raras, sendo lento o crescimento da lesão, e o paciente muitas vezes não consegue lembrar quando a lesão foi inicialmente percebida.

Os exames radiográficos mostram que as lesões tornam-se mais calcificadas com o aumento da idade do paciente. Podemos encontrar desde uma imagem radiolúcida unilocular ou multilocular até uma imagem radiopaca. As margens da lesão apresentam-se mal definidas e pouco precisas, unindo-se ao tecido ósseo sadio adjacente. O aspecto clássico da imagem radiográfica da displasia fibrosa é de um vidro fosco despolido. Outras características radiográficas, como alteração de lâmina dura, estreitamento do ligamento periodontal e deslocamento superior do canal mandibular com inversão da sua curvatura na região de ângulo da mandíbula, são sinais patognomônicos desta lesão, já que em outras lesões, o canal mandibular tende a se deslocar para baixo. A reabsorção das raízes dentárias raramente está presente. As lesões maxilares habitualmente envolvem e obliteram o seio maxilar parcial ou totalmente.

A Displasia Fibrosa (DF) e o Fibroma cemento-ossificante (FCO) são lesões fibro-ósseas que apresentam aspectos histológicos e radiológicos semelhantes, tornando a diferenciação um dilema diagnóstico. De acordo com a literatura, o FCO tem forma redonda ou oval com bordas distintas, enquanto a DF possui aspecto fusiforme e margens mal definidas.


Fibrose Cística: Os pacientes com fibrose cística frequentemente apresentam obstrução nasal, polipose nasossinusal e sinusite crônica. Os pacientes com mais de 8 meses de idade apresentam opacificação dos seios paranasais, porém, pansinusite clínica e pólipos nasais desenvolvem-se mais comumente entre os 5 e os 14 anos de idade. Os pólipos afetam de 10% a 48% dos pacientes na infância e adolescência. O diagnóstico de fibrose cística é realizado através da demonstração de concentrações elevadas de eletrólitos no suor, associada a achados clínicos característicos (doença gastrointestinal, doença pulmonar, azoospermia obstrutiva) ou história familiar de fibrose cística.


Clinicamente apresenta-se como uma doença multi-sistêmica caracterizada por infecções endobronquiais crônicas associadas com doença pulmonar obstrutiva progressiva e mal absorção intestinal secundária a insuficiência pancreática. Os sintomas pulmonares são os mais comuns e a doença pulmonar é a principal causa de óbito e morbidade nos pacientes com fibrose cística.


Uma manifestação de doença de seios paranasais da fibrose cística recentemente descrita é o abaulamento medial da parede nasal lateral com obstrução da cavidade nasal. Alguns estudos encontraram sintomas de rinorréia e obstrução nasal em mais de 65% dos pacientes, enquanto outros revelam que cerca de 90% dos pacientes permaneciam assintomáticos. Os principais sintomas relatados pelos pacientes com FC são: tosse, obstrução nasal, rinorréia e sinusites de repetição.

Talassemia (anemia de Cooley, anemia mediterrânea): É uma alteração genética que produz graus variáveis de anemia, caracterizada por malformação do crânio e ossos longos, conferindo ao indivíduo uma aparência característica. Neville et al. citam como características clínico-radiográficas: hiperplasia da medula óssea, hepatoesplenomegalia, linfadenopatia, aumento da mandíbula e maxila, resultando em uma aparência de esquilo. A radiografia do crânio mostra uma aparência de “fios de cabelo” da calvária. Muitos pacientes morrem por volta de um ano de idade, como resultado de infecções bacterianas ou problemas cardíacos. As alterações radiográficas da b-talassemia ocorrem em grande parte devido à hiperplasia medular. A expansão marcante do espaço medular gera várias manifestações esqueléticas, principalmente na espinha dorsal, crânio, ossos da face e costelas.

alternativa C

domingo, 6 de maio de 2012

IPAD - 2010 - SESC - Clínico Geral

Indique a alternativa incorreta:

a) A biópsia é um exame complementar de grande importância para a elucidação definitiva de um diagnóstico, porém não substitui o exame clínico.
b) São condições ideais para se realizar biópsia, áreas de ulceras profundas, áreas pouco espessas de uma lesão leucoplásica e regiões centrais de lesões extensas.
c) Classifica-se como biópsia incisional a retirada de um fragmento lesional, visando estudo anatomopatológico.
d) São indicações de biópsia lesões eritematosas e brancas com suspeita de malignidade, sem sinal de cura ou regressão do quadro, além de nódulos de crescimento rápido.
e) A peça cirúrgica biopsiada deve ser condicionada em um recipiente devidamente identificado contendo formol a 10% em volume suficiente para que a peça esteja totalmente submersa.

Comentário (baseado na cartilha "Falando sobre o câncer da boca" do Ministério da Saúde e do Instituto Nacional de Câncer):

As condições ideais para se praticar a biópsia são:
- as bordas da lesão, incluindo-se uma pequena parte de tecido normal (biópsia incisional);
- qualquer ulceração superficial das eritroplasias ou leucoplasias;
- a porção mais verrucosa de uma leucoplasia;
- lesões livres de excesso de queratinização, pela remoção prévia de crostas;
- zonas lesionais livres de áreas necróticas ou ulceradas profundas.

alternativa B

IPAD - 2010 - SESC - Clínico Geral


Assinale a alternativa incorreta:

a) Define-se como semiotécnica, a técnica da pesquisa dos sinais e sintomas e se resolve na arte de explorar (coleta de dados básicos).
b) São fatores determinantes para a definição de um prognóstico: tipo da doença, dano funcional, efetividade na terapêutica, condições gerais e psíquicas do paciente.
c) Sinal são as características observadas pelo clínico, representando as manifestações objetivas percebidas pelo mesmo.
d) Define-se como sinal patognomônico os aspectos clínicos que precedem o aparecimento da doença.
e) Determinam-se como terapêutica de suporte, as prescrições realizadas com o objetivo de estabilizar as condições gerais do paciente.

Comentário (baseado no texto do livro "Diagnóstico Bucal" de Sílvio Boraks):

Semiotécnica: É a técnica de colheita dos sinais e sintomas. Utilizam-se os sentidos naturais do examinador direta ou indiretamente através das chamadas "manobras de semiotécnica".

Prognóstico: Está sempre associado ao tratamento, condicionando-o; ou seja, ao planejar-se um determinado tratamento necessita-se verificar:
- dano anatômico e funcional;
- comportamento da doença;
- efetividade dos recursos terapêuticos disponíveis;
- condições orgânicas;
- colaboração/condições emocionais do paciente.

Sinal: É observado pelo clínico e representa manifestações objetivas que o clínico "percebe" no paciente com seus sentidos. São exemplos de sinal: mancha, elevação da mucosa, etc. Desta forma pode-se dizer que os sinais são manifestações clínicas da doença que podem ser percebidos pelos sentidos naturais do homem.

Sinal patognomônico: É exclusivo de uma doença e indica de maneira absoluta sua existência, especificando-lhe o diagnóstico. Como exemplo, podemos citar os dentes de Hutchinson (molares em forma de amora e incisivos em forma de barril) presentes na sífilis congênita.

Sintomatologia pré-clínica: São sinais e sintomas que surgem antes da manifestação clínica de uma doença. Como exemplo, antes de eclodirem as vesículas e bolhas da lesão herpética, o paciente relata certo ardor, calor local, coceira etc., como na aura epilética, em que o paciente refere certos odores, visões etc., antes da manifestação da crise. De modo prático poder-se-ia chamar de "aviso" anterior ao aparecimento da sintomatologia clínica de uma doença.

Terapêutica ou Tratamento de suporte: É a manutenção da saúde geral do paciente através de alimentação, repouso e suplemento alimentar. Utiliza-se este procedimento em pacientes portadores de lesões ou doenças agressivas de desaparecimento rápido, que não causam danos anátomo-funcionais importantes, não deixam sequelas e não têm tratamento específico.

alternativa D

sexta-feira, 4 de maio de 2012

FCC - TRE PR - 2012


Paciente com 25 anos de idade, sexo feminino, apresenta uma lesão no freio lingual, que estava presente havia cerca de um ano, sem alteração perceptível no tamanho. O exame clínico mostra uma lesão pedunculada e rósea com cerca de 1 cm de diâmetro. A porção exofítica da lesão é maior que a base, que se apresenta estreita. A lesão é firme, rugosa e indolor à palpação. 

O procedimento que reduz a probabilidade de recidiva da lesão consiste em 

a) curetagem do tecido de granulação.
b) acompanhamento da paciente com antibioticoterapia.
c) remoção de possíveis lesões genitais por médico, evitando a reinfecção.
d) excisão incluindo a glândula salivar menor associada à lesão.
e) excisão incluindo a base da lesão e posterior exame histopatológico.

Comentário:

Papiloma

O diagnóstico diferencial do papiloma bucal de células escamosas, quando solitário, inclui a verruga vulgar e mais raramente o condiloma acuminado. A verruga vulgar geralmente forma-se com uma base séssil ou larga, em contraste com a base estreita e pediculada do papiloma escamoso e o condiloma acuminado geralmente apresenta lesões múltiplas. Dependendo do grau de queratinização o fibroma apresenta-se como diagnóstico diferencial.

O tratamento indicado é a remoção cirúrgica com pequena margem de segurança e deve incluir a base da lesão, sua recidiva é bastante rara exceto em pacientes imunodeprimidos.

alternativa E

FCC - TRE PR - 2012

Paciente com 25 anos de idade, sexo feminino, apresenta uma lesão no freio lingual, que estava presente havia cerca de um ano, sem alteração perceptível no tamanho. O exame clínico mostra uma lesão pedunculada e rósea com cerca de 1 cm de diâmetro. A porção exofítica da lesão é maior que a base, que se apresenta estreita. A lesão é firme, rugosa e indolor à palpação. 

Este quadro é compatível com o diagnóstico de 

a) papiloma.
b) condiloma acuminado.
c) hiperplasia epitelial focal.
d) rânula.
e) epúlide granulomatosa.

Comentário

Papiloma

O papiloma escamoso oral é mais comumente diagnosticado em pessoas a partir dos 25 anos de idade tendo uma diminuição de ocorrência após os 50 anos. Os locais de predileção incluem a língua (principalmente borda lateral) e o palato duro e mole, mas qualquer superfície de mucosa oral pode ser afetada. É uma lesão firme, indolor e normalmente exofítica pediculada, com numerosas projeções semelhantes a "dedos" na superfície, que lhe dão uma aparência de "couve-flor" ou "verruga". As lesões podem ser brancas, vermelho-claras, ou róseas, dependendo da quantidade de ceratinização da superfície. Os papilomas são normalmente solitários e caracteristicamente aumentam de modo rápido para o tamanho máximo de 0,5 cm, com pequena ou nenhuma mudança depois disso.

Condiloma Acuminado

Clinicamente, o condiloma acuminado pode iniciar-se como uma formação de numerosas pápulas agrupadas, de coloração rósea, que crescem e coalescem. O resultado é um crescimento papilar (ou nodular) exofítico, com base larga, que pode ser ceratinizado ou não ceratinizado, firme, bem edemaciada e séssil de coloração rósea, com superfície verrucosa, indolor, podendo ser única ou múltipla. Apesar de serem considerados relativamente raros na boca, nos últimos anos tem se apresentado com uma freqüência cada vez maior. As lesões orais ocorrem geralmente, na mucosa labial, palato mole e freio da língua mas podem ocorrer em quaisquer um dos tecidos moles da cavidade bucal. O tamanho médio da lesão é de 1 a 1,5 cm, mas lesões orais de até 3 cm têm sido noticiadas. Em pacientes HIV positivos podem apresentar-se tomando extensas áreas de mucosa.

Hiperplasia Epitelial Focal

A hiperplasia epitelial focal, ou doença de Heck, é uma enfermidade rara, benigna, que afeta a mucosa oral de crianças e adultos jovens. A doença de Heck é clinicamente caracterizada por lesões bem definidas, que podem ser únicas ou múltiplas, como nódulos ou pápulas, arredondadas ou planas, que freqüentemente coalescem, e tamanho variando entre 0,1 e 1 cm de diâmetro. São indolores em sua maioria, localizando-se principalmente nas mucosas jugal, labial, lingual, gengival e, com menor freqüência, no assoalho bucal, palato mole e orofaringe.
Rânula

Rânula é um termo usado para os mucoceles que ocorrem no soalho da boca. Embora a fonte do extravasamento de mucina seja usualmente a glândula submandibular, as rânulas podem originar-se do ducto submandibular ou, possivelmente, das glândulas salivares menores do soalho da boca.
A rânula apresenta-se como uma tumefação azulada, flutuante, com a forma de cúpula no soalho da boca. As lesões mais profundas podem ter coloração normal. As rânulas tendem a ser maiores do que os mucoceles, podem atingir muitos centímetros de diâmetro, ocupar todo o soalho da boca e elevar a língua. Geralmente ela se localiza lateralmente à linha média.

Epúlide Granulomatosa

É a lesão exofítica mais comum da boca, e pode acometer qualquer área da mucosa oral. Clinicamente se apresentam como massas elevadas de variados tamanhos, sésseis ou pedunculadas, de consistência firme à palpação, com a coloração semelhante à mucosa onde ocorre ou mais avermelhada, assintomáticas, sem sangramento e sem alterações funcionais. É uma reação hiperplásica ou de crescimento exofítico que ocorre no tecido conjuntivo em resposta a uma irritação local. Esta irritação pode ter variadas causas como prótese mal adaptadas, próteses fraturadas, próteses usadas de maneira inadequada e outras formas de traumas.


alternativa A

quarta-feira, 2 de maio de 2012

IPAD - Prefeitura da Cidade do Recife - PE - 2012


Questão do concurso realizado pela banca IPAD para a Prefeitura da Cidade do Recife-PE, aplicado no dia 29/04/12.

Sobre a Rede de Atenção às Urgências no Sistema Único de Saúde, considere as afirmações abaixo.

1) As urgências não devem ser atendidas em Unidades de Atenção Básica, pois estas não reúnem as condições necessárias para este tipo de atendimento.

2) O componente “Atenção Domiciliar” da Rede de Atenção às Urgências no SUS é composto pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192).

3) O SAMU 192 pode realizar atendimentos primários (quando solicitados pelo cidadão) ou secundários (quando solicitados por um Serviço de Saúde no qual o cidadão já tenha recebido o primeiro atendimento).

Está(ão) incorreta(s):

a) 1 e 2, apenas.
b) 2 e 3, apenas.
c) 1 e 3, apenas.
d) 1, 2 e 3.
e) 1, apenas.

Comentário:

1) Segundo a  Portaria nº 1.600/GM/MS, de 7 de julho de 2011:

"Art. 4º A Rede de Atenção às Urgências é constituída pelos seguintes componentes:

I - Promoção, Prevenção e Vigilância à Saúde;
II - Atenção Básica em Saúde;
III - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) e suas Centrais de Regulação Médica das Urgências;
IV - Sala de Estabilização;
V - Força Nacional de Saúde do SUS;
VI - Unidades de Pronto Atendimento (UPA 24h) e o conjunto de serviços de urgência 24 horas;
VII - Hospitalar; e
VIII - Atenção Domiciliar."

A  Portaria n° 2048/GM/MS, de 05 de novembro de 2002 diz que:

"A Atenção às Urgências deve fluir em todos os níveis do SUS, organizando a assistência desde as Unidades Básicas, Equipes de Saúde da Família até os cuidados pós-hospitalares na convalecença, recuperação e reabilitação."

E ainda:

"...torna-se imperativo estruturar os Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência de forma a envolver toda a rede assistencial, desde a rede pré-hospitalar, (unidades básicas de saúde, Programa Saúde da Família (PSF), ambulatórios especializados, serviços de diagnóstico e terapias, unidades não hospitalares), serviços de atendimento pré-hospitalar móvel (Samu, Resgate, ambulâncias do setor privado, etc.), até a rede hospitalar de alta complexidade, capacitando e responsabilizando cada um destes componentes da rede assistencial pela atenção a uma determinada parcela da demanda de urgência, respeitados os limites de sua complexidade e capacidade de resolução."

2) Portaria GM/MS nº 2.527, DE 27 de outubro de 2011

"Art. 2º Para efeitos desta Portaria considera-se:

I -Serviço de Atenção Domiciliar (SAD): serviço substitutivo ou complementar à internação hospitalar ou ao atendimento ambulatorial, responsável pelo gerenciamento e operacionalização das Equipes Multiprofissionais de Atenção Domiciliar (EMAD) e Equipes Multiprofissionais de Apoio (EMAP);

II - Atenção Domiciliar: nova modalidade de atenção à saúde, substitutiva ou complementar às já existentes, caracterizada por um conjunto de ações de promoção à saúde, prevenção e tratamento de doenças e reabilitação prestadas em domicílio, com garantia de continuidade de cuidados e integrada às redes de atenção à saúde; e

Art. 3º A Atenção Domiciliar tem como objetivo a reorganização do processo de trabalho das equipes que prestam cuidado domiciliar na atenção básica, ambulatorial e hospitalar, com vistas à redução da demanda por atendimento hospitalar e/ou redução do período de permanência de usuários internados, a humanização da atenção, a desinstitucionalização e a ampliação da autonomia dos usuários.

Art. 4º A Atenção Domiciliar é um dos componentes da Rede de Atenção às Urgências e deverá ser estruturada de forma articulada e integrada aos outros componentes e à Rede de Atenção à Saúde, a partir dos Planos de Ação, conforme estabelecido na Portaria Nº 1.600/GM/MS, de 7 de julho de 2011.

3) Novamente, segundo a Portaria n° 2048/GM/MS, de 05 de novembro de 2002,

"Podemos chamá-lo de atendimento pré-hospitalar móvel primário quando o pedido de socorro for oriundo de um cidadão ou de atendimento pré-hospitalar móvel secundário quando a solicitação partir de um serviço de saúde, no qual o paciente já tenha recebido o primeiro atendimento necessário à estabilização do quadro de urgência apresentado, mas necessite ser conduzido a outro serviço de maior complexidade para a continuidade do tratamento."

alternativa A